Na segunda-feira, 08 de junho, o Sindicato dos Metalúrgicos organizou mobilizações em frente as empresas do Grupo Randon, uma pela manhã e outra a tarde, para chamar atenção de três questões. A primeira foi em relação a realização de testes em massa para Covid-19 nos trabalhadores e trabalhadoras. Logo após a entidade denunciou a pressão sofrida pelos trabalhadores no chamado Programa de Demissão Voluntária. O terceiro assunto que já temos resultado da luta é o desconto das prestações do Cooperando, que continuavam sendo efetivados mesmo para os trabalhadores que estavam com redução de jornada ou suspensão de contrato.
Não há vitória sem luta
O Sindicato, ciente da dificuldade dos trabalhadores e trabalhadoras com contrato de trabalho suspenso ou redução de jornada, de manter o sustento da família, pediu ao Grupo Randon a suspensão das prestações da Cooperando por seis meses para os trabalhadores incluídos nesses casos.
Nos protestos, o presidente do Sindicato, Assis Melo, ressaltou que suspender as prestações da Cooperando era uma “questão de emergência”.
Em reunião com representantes das empresas Randon, após as mobilizações, o presidente do Sindicato anunciou que “a Randon cedeu e as prestações do Cooperando estão suspensas. Cinco meses para quem está em redução de jornada e seis meses para quem estiver com suspensão de contrato. O trabalhador deve procurar a Cooperativa até o dia 17 de junho”, comunicou Assis.
Pandemia
“Queremos testes já”, “Pare e ouça: não podemos deixar a ganância deles nos matar”, “Se até jogador de futebol tem teste por que o trabalhador não pode ter?” eram os dizeres das faixas seguradas pelos trabalhadores e pelas trabalhadoras nos principais portões de acesso às fábricas das empresas Randon. Porém, o pedido para a realização de testes rápidos e em massa não se limita aos trabalhadores e trabalhadoras da Randon.

O pedido do Sindicato iniciou pelas empresas do Grupo, que é um dos maiores do Brasil, mas se expande para todos os trabalhadores da categoria metalúrgica de Caxias do Sul e Região.

“Como que nós podemos admitir que no futebol profissional, que os atletas para poder voltar ao trabalho, tem que ser testados. Testes para todos os jogadores. Por que os trabalhadores e trabalhadoras não podem ser testados? Por que não? Por qual razão nós temos que nos submeter ao risco, sem ter o máximo de segurança possível?”, indagou o presidente.