O 1º de maio é um feriado mundial, sua origem remonta ao ano de 1886, quando trabalhadores de Chicago nos EUA decidiram cruzar os braços numa greve, reivindicando a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias em uma época que a carga horária era superior a 12 horas de trabalho.
A ação dos trabalhadores ganhou força e apoio de diversas categorias e outras cidades, o movimento se estendeu por mais dois dias. Estima-se que mais de 1200 fábricas foram paralisadas e que meio milhão de trabalhadores aderiram à greve. A resposta do Estado foi violenta, ao final do terceiro dia de manifestação já se somavam centenas de mortos e presos.
O resgate histórico da data pode ser instrumento de libertação para aqueles que sofrem. A origem reivindicatória do 1ª de maio é muito mais útil e honesta ao trabalhador do que um 1º de maio concedido por governos populistas encarando a data como uma simples comemoração ou descanso para quem tem acesso ao trabalho.
É difícil comemorar hoje com milhões de desempregados, contratos suspensos e redução salarial. Em 1886 o 1º de maio foi um movimento para conquistar uma jornada digna, hoje a luta dos trabalhadores em geral é para não perder direitos conquistados.
Mas, existe um elemento que nos aproxima dos trabalhadores de 1886: a greve, ferramenta utilizada em Chicago em 1886 e em Caxias do Sul de 2020. Nas últimas duas semanas os metalúrgicos com o apoio do sindicato foram envolvidos em três greves vitoriosas de reintegração e pagamento de verbas rescisórias de quase 200 operários das metalúrgicas Base, Vehtec e Microinox.
Que a data de hoje seja vista e refletida como um dia de reivindicação, respeito e orgulho.
Bom feriado a todos.
Por Rafael Ferreira – diretor sindical
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